O líder parlamentar do PSD pediu esta quinta-feira a todos os partidos para não acelerarem uma decisão sobre a eutanásia e disse que o partido admite todos os cenários, incluindo o do referendo.
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No encerramento do colóquio organizado pelo grupo parlamentar do PSD, intitulado "Eutanásia/Suicídio Assistido: dúvidas éticas, médicas e jurídicas", Luís Montenegro aproveitou para enviar uma mensagem a todos os deputados e grupos parlamentares.
"Não devemos acelerar e precipitar uma decisão sobre esta matéria e não devemos excluir nenhuma decisão: a decisão de legislar despenalizando, a decisão de legislar agravando a penalização, a decisão de não fazer nada, a decisão de submeter a uma consulta pública. A nossa posição é de abertura total, nós não excluímos nenhuma possibilidade", afirmou.
Depois de João Semedo anunciar que o anteprojeto do BE sobre eutanásia será apresentado na próxima semana, Luís Montenegro assegurou que o PSD não se irá precipitar com uma posição. "Quisemos iniciar uma discussão, que não se esgota neste colóquio, nem no parlamento", afirmou, considerado que uma decisão "informada e esclarecida" exige tempo e mobilização.
O líder parlamentar do PSD voltou a sublinhar que cada deputado social-democrata terá liberdade de voto, mas salientou que nenhum partido colocou a despenalização da eutanásia na discussão na última campanha eleitoral.
Luís Montenegro salientou ainda que, apesar de decidir em consciência, cada deputado "não representa a vontade individual mas de quem representa". "Se não colocámos a questão previamente nos programas eleitorais temos obrigação de decidir com uma ponderação ainda maior", defendeu.