Sandra Araújo de saída da coordenação da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza. Nunca se reuniu com ministra

Sandra Araújo
Igor Martins
A ainda coordenadora da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza considera que é um "grande retrocesso" o que chama "acantonar a pobreza na Segurança Social"
Sandra Araújo, que coordena há três anos a Estratégia Nacional de Combate à Pobreza, vai sair do cargo, assume a própria em declarações ao jornal Público. Adianta que vai passar a ser o Instituto da Segurança Social a gerir esta estratégia, tal como o Governo decidiu em conselho de ministros no final de novembro.
Revela ao mesmo jornal que nunca se reuniu com a governante que a tutela, no caso Maria do Rosário Palma Ramalho, ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, e que os contactos que teve foi com a secretária de Estado da Ação Social e Inclusão, Clara Marques Mendes.
A ainda coordenadora da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza considera que é um "grande retrocesso" o que chama "acantonar a pobreza na Segurança Social". "A pobreza tem causas estruturais e é preciso intervir nas várias áreas - educação, saúde, justiça, economia, cultura...", justifica.
Para que este trabalho seja eficaz, Sandra Araújo defende que devia estar na alçada do ministro da Presidência ou do primeiro-ministro.
