Costa não ouviu avisos de Marcelo. "Consequências políticas" só no final do inquérito à TAP
António Costa não reage às declarações de Marcelo Rebelo de Sousa. Primeiro-ministro garante que as "consequências políticas" serão tiradas no fim do inquérito.
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António Costa não quer reagir às palavras de ontem do Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa sugeriu ao Governo que governe e que a oposição justifique as sondagens e crie uma alternativa. No primeiro dia de visita oficial à Coreia do Sul, o primeiro-ministro, acompanhado por outros quatro ministros, entre os quais, João Galamba, desviou-se das perguntas dos jornalistas.
"Não comento as palavras do Presidente da República, muito menos quando não as ouvi. Ele estava a falar, eu estava a voar aqui para a Coreia e tenho estado aqui ao longo das últimas horas e não vamos estar aqui, agora a falar de questões de política interna. Temos muito tempo para falar disso", disse em declarações registadas pela RTP3.
Sobre as polémicas que resultam das revelações feitas na comissão parlamentar de inquérito à gestão da TAP, António Costa reitera que foi "surpreendido" por algumas das coisas que têm sido ditas, mas lembrou que o tempo é do Parlamento e não de conclusões precipitadas.
"As consequências políticas tiraremos em função dos resultados. Cada órgão de soberania deve ter o seu tempo próprio. O tempo próprio neste momento é o da Assembleia da República. Devemos respeitar o trabalhar que está a haver e tem a sua comissão parlamentar de inquérito, vai ouvir este, aquela e no final vai tirar as conclusões", frisou.
António Costa está na Coreia do Sul, com os ministros da economia António Costa Silva, da Infraestrututuras, João Galamba, e da Ciência, Elvira Fortunato. No programa estão visitas as várias fábricas ligadas ao negócios das baterias, dos semicondutores e das energias renováveis.