"Absolutamente inaceitável." Ex-ministro Matos Fernandes condena agressão a Duarte Cordeiro e defende queixa

O ex-ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, que teve a pasta antes de Duarte Cordeiro, defendeu esta quarta-feira de manhã no Fórum TSF que o ministro devia apresentar queixa pelo episódio que aconteceu na terça-feira com os ativistas climáticos.

"O que aconteceu ontem com Duarte Cordeiro é absolutamente inaceitável. A agressão ao ministro enquanto ele está a falar e, por isso, é um crime. Não sei se é um crime público ou depende de queixa, mas espero que o Duarte Cordeiro, homem de grande bondade, faça mesmo essa queixa porque o que aconteceu é absolutamente inaceitável. A humanidade está perante um dilema que, no fundo, não é dilema porque só temos um caminho e o caminho é mesmo o da redução das emissões. Isso significa um uso muito menor de combustíveis fósseis, significa acabar definitivamente com os subsídios perversos a esses mesmos combustíveis fósseis. Caminho que tem vindo a ser feito, muito particularmente na Europa e, dentro da Europa, em Portugal e, portanto, os ativistas portugueses, que têm todo o direito a sê-lo e todo direito a manifestar-se da forma que escolherem desde que não cometam crimes e muito menos que agridam pessoas quando estão no uso da palavra, têm do lado deles a razão dessa mesma emergência", defendeu à TSF Matos Fernandes.

O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, foi na terça-feira atacado com tinta verde por três jovens ativistas climáticas, em Lisboa, durante uma conferência da CNN sobre transição energética em que participam as empresas Galp e EDP.

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Poucos minutos após o início da conferência, quando o ministro do Ambiente tomou a palavra, as três jovens dirigiram-se ao palco e atiraram tinta verde que atingiu Duarte Cordeiro na roupa, enquanto gritavam frases de contestação ao Governo.