O Governo e os parceiros sociais chegaram a um acordo de médio prazo sobre rendimentos, salários e competitividade. Rui Tavares fala em boas intenções mas considera proposta "incipiente".
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Rui Tavares, deputado único do Livre, considera que o acordo de médio prazo assinado este domingo com as quatro confederações patronais e a UGT é mais favorável aos patrões.
"O Governo dá aos patrões algumas das coisas que os patrões querem na esperança de que os salários possam aumentar para atingir uma meta que o Governo definiu como sendo 48% do Produto Interno Bruto", aponta, em declarações à TSF.
"Esta meta é, por si, é muito sofrível, porque não é a proporção dos salários no PIB que tornam os salários atrativos ou não", nota Rui Tavares. Por exemplo, "o Brasil tem uma proporção de salários no PIB maior do que a Suécia e da Finlândia e aposto que a maior parte das pessoas prefeririam viver com salários suecos, ou finlandeses, ou noruegueses, do que salários brasileiros".
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Isto não quer dizer, ressalva, que as intenções sejam más. "Podem até ser boas, mas são muito, muito comuns, incipientes. A metodologia não é má, mas é insuficiente, ou seja, as confederações por si só não determinam nada. Para já, o que o que temos é um anúncio, mas nada disto tem a ver com uma garantia de que a economia portuguesa suba na escala de valor."