Miguel Albuquerque alerta para a "armadilha" das sondagens e recusa governar sem maioria
Corpo do artigo
Foi o último comício da campanha eleitoral do PSD, antes do derradeiro dia, onde Miguel Albuquerque vai contar com Luís Montenegro. No comício, bem no centro do Funchal, esperava-se que Alberto João Jardim se juntasse à festa, tal como há quatro anos, mas o antigo líder do Governo não apareceu.
As sondagens dão maioria absoluta à coligação Somos Madeira, formada pelo PSD e pelo CDS, com um aumento do número de votantes nos dois partidos, em comparação com as eleições regionais de 2019. Ainda assim, Miguel Albuquerque apela a uma votação em massa para que não existam surpresas.
"As sondagens são enganadoras. As sondagens muito positivas são sempre uma armadilha. Leva a que haja algum relax", atirou.
TSF\audio\2023\09\noticias\21\francisco_nascimento_albuquerque
E, daí, o apelo para que os madeirenses "não fiquem em casa", para que não sejam responsabilizados por uma possível surpresa na noite eleitoral de 24 de setembro, que levaria "a uma regressão na região".
"Aquela gente que aparece aí, com alucinações e loucuras. São teorias impossíveis de cumprir. Não têm capacidade, competência, conhecimento ou competência para governar a Madeira", critica.
Palavras para os socialistas, que se apresentam a eleições com Sérgio Gonçalves, que fez parte da carreira no setor privado, mas também para o Chega e para a Iniciativa Liberal que podem entrar no parlamento madeirense e condicionar um futuro Governo.
De Miguel Albuquerque, uma coisa é certa: "Se não tiver maioria para governar, não governarei no futuro a Madeira".
O aviso, em tom de ameaça, para mobilizar o eleitorado. Até porque, para Miguel Albuquerque, "os governos de coligação não funcionam". Na verdade, o PSD governa em coligação com o CDS, depois de ter perdido a maioria absoluta há quatro anos, mas além dos centristas, Albuquerque não quer mais nenhum partido para uma coligação.
"Não podemos ter governos minoritários. Temos de ter um Governo e um Parlamento que permita cumprir o programa que submetemos. É um logro, é uma mentira esses governos de coligação", acrescenta.
Os madeirenses vão a votos a 24 de setembro, depois de, há quatro anos, o PSD ter perdido pela primeira vez a maioria absoluta. Luís Montenegro junta-se a Miguel Albuquerque, para aquela que pode ser a primeira vitória eleitoral do líder do PSD.