ANTRAL diz que lisboetas têm de estar "bastante preocupados" com mobilidade na JMJ
O presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros tem esperança no negócio, mas espera imensa confusão nas ruas de Lisboa.
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O presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio Almeida, diz que nenhum lisboeta pode estar descansado com o plano de mobilidade apresentado para a Jornada Mundial da Juventude. No entanto, considera que essas preocupações têm de ser diluídas no retorno financeiro que o evento vai ter.
"Naturalmente qualquer lisboeta tem que estar bastante preocupado, mas também temos de entender que nem tudo na vida pode ser bom. Este evento é muito importante para Portugal. São centenas de milhões de euros que vão ficar em Portugal e, principalmente, na cidade de Lisboa. Não podemos ter tudo de bom e temos que nos sacrificar durante aqueles dias em que, efetivamente, vai haver maior confusão. Os transportes públicos vão funcionar minimamente. Agora compreendo que quem trabalha na cidade de Lisboa vai ter bastantes dificuldades, mas temos de aceitar porque é um evento com importância para Portugal, tanto a nível económico como a nível de imagem mundial", avisou Florêncio Almeida, em declarações à TSF.
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O responsável da ANTRAL tem esperança no negócio, mas espera imensa confusão nas ruas de Lisboa.
"Isto vai ser o caos. Se a Avenida da Liberdade está fechada, o Marquês de Pombal... aquilo já é difícil num dia normal, vamos ver como é que isto vai funcionar nesses dias com as restrições todas, mas naturalmente que isto vai ser bom para toda a gente", afirmou o presidente da ANTRAL.
Os planos de segurança e mobilidade para a JMJ foram apresentados esta sexta-feira em Lisboa na presença da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, do coordenador do Grupo de Projeto para a JMJ, José Sá Fernandes, e do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Paulo Vizeu Pinheiro.
Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), com o Papa Francisco, de 01 a 06 de agosto.
O papa, primeiro a inscrever-se na JMJ, chega a Lisboa no dia 02 de agosto, tendo prevista uma visita de duas horas ao Santuário de Fátima no dia 05 para rezar pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia.
Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a jornada nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso de um encontro com jovens em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures, e no Parque Eduardo VII, no centro da capital.