Associação Académica de Coimbra disponível para ser "canal de denúncias" de casos de assédio
À TSF, o presidente da AAC garante que vai acompanhar os casos de assédio denunciados por três alunas do Centro de Estudos Sociais de Coimbra (CES).
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A Associação Académica de Coimbra (AAC) está disponível para ser uma canal de denúncias de assédio, depois de ter sido divulgado os casos de três alunas do Centro de Estudos Sociais de Coimbra. Entre os dois professores visados, está Boaventura Sousa Santos, que já negou qualquer comportamento inapropriado. À TSF, o presidente da AAC, João Caseiro, manifesta disponibilidade para acompanhar o caso, garantindo que a associação é "muito sensível" a este que é um problema transversal a outras universidades.
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"Nós já nos posicionamos publicamente no ano passado, a verdade é que são situações que nos preocupam. É uma problemática que é muito atual, não no sentido de ser algo recente, não no sentido de ser algo recente, porque a verdade é que o assédio sempre existiu. É uma problemática transversal à sociedade no seu tempo, mas é uma problemática em que atualmente existe uma maior sensibilidade", afirma.
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João Caseiro garante que a associação académica está disponível para ser uma "via de diálogo e de denúncias" para os casos de assédio. "Não nos tem vindo a ser encaminhados até nós diretamente denúncias deste tipo de casos, mas estamos sempre atentos quando elas surgem no seio da nossa academia. Claro que existem as devidas instâncias para fazer as respetivas análises e avaliações das denúncias, nós seremos sempre solidários."
O presidente da AAC explica ainda que a associação não tem sido recorrentemente usada "como via de canalização de denúncias, por isso, não têm em concreto registo de casos que tenham sido reportados à Associação Académica de Coimbra.
O Centro de Estudos Sociais de Coimbra (CES) já manifestou a intenção de abrir um inquérito.
"Nesta medida, o CES irá constituir num curto prazo uma comissão independente à qual caberá a identificação de eventuais falhas institucionais e a averiguação da ocorrência das eventuais condutas antiéticas referidas naquele capítulo. A comissão será composta por dois elementos externos, um dos quais lhe presidirá, e pela Provedora do CES. Os membros externos a convidar terão competências reconhecidas no tratamento de processo análogos", refere o CES em comunicado.