Movimento ambientalista acusa o Governo de "condenar à morte pessoas em Portugal" com voos de curto alcance.
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Dois ativistas pelo clima do grupo Climáximo colaram-se esta quarta-feira a um avião que ia fazer a ligação Lisboa-Porto, no aeroporto da Portela, em protesto contra os voos de curto alcance e pela defesa do investimento na ferrovia.
Em causa estão as emissões "absurdas, mortíferas" e, segundo os ativistas "completamente desnecessárias" que estas ligações provocam, quando existem "alternativas mais baratas e rápidas", como a ferrovia.
"É um ato de insanidade permitir que estes voos continuem, é estar a ver a nossa casa a arder e atirar gasolina para o fogo", afirma Alice Gato, uma das ativistas que se colou ao avião, citada num comunicado divulgado pelo movimento ambientalista.
"Este tipo de voos inúteis tem de ser a primeira coisa a ser travada na indústria genocida da aviação, incentivada pelo nosso governo a continuar a sua expansão - agora com a construção de um novo aeroporto - quando sabemos que precisamos de cortar emissões urgentemente, e que cada dia que não o fazemos estamos a condenar à morte mais pessoas em Portugal."
Os ativistas foram retirados do avião pelas autoridades.