Os ativistas voltaram a fazer um novo protesto, desta vez no Centro Cultural de Belém.
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Os ativistas do Climáximo cobriram de tinta, esta sexta-feira, um quadro de Picasso no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. A administração do CCB já confirmou à TSF o ato de protesto.
"Os ativistas denunciam a crise climática, uma guerra declarada às pessoas, conscientemente, por governos e grandes empresas emissoras. A obra, criada em 1929 pelo artista andaluz, encontra-se coberta por um vidro protetor, não tendo sido diretamente atingida. Anteriormente integrava a coleção privada do milionário Joe Berardo", pode ler-se no comunicado do grupo de ativistas Climáximo.

A porta-voz do coletivo, Leonor Canadas, lembra que em Espanha já se sofrem perdas de colheitas "catastróficas" para a segurança alimentar.
"Estamos a falar de fome patrocinada por empresas petrolíferas, com planos de expandir a sua infraestrutura de morte. Precisamos de toda a gente, em todo o lado, a toda a hora, a tornar impossível esta falsa sensação de paz. Vivemos uma normalidade em que os governos e empresas emissoras já nos estão a matar às centenas de milhar todos os anos com a crise climática, de acordo com a ONU. Toda a gente tem de parar de consentir. Temos de, conjuntamente enquanto sociedade, parar esta guerra", explicou Leonor Canadas.
O objetivo dos ativistas é chamar a atenção dos portugueses para pôr fim aos "planos de novos aeroportos e expansão do gás em Portugal", bem como "parar os projetos" da Galp.
"Todos os culpados terão de pagar o plano de paz", rematou a porta-voz do Climáximo.