BE reclama dissolução ou remodelação: "Cabe a Marcelo e a Costa tirarem Portugal do pântano"
Catarina Martins considera que "o Governo está descredibilizado e sem legitimidade para agir".
Corpo do artigo
A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, responsabiliza Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa pela "artimanha" que conduziu o país ao "pântano".
A falar esta quinta-feira em Bruxelas, à margem de um evento da esquerda europeia, Catarina Martins questionou a legitimidade do Governo perante o que classifica como falta de credibilidade "para agir" sobre os problemas do país e exigiu que Costa ou Marcelo - um dos dois - escolha entre as "duas saídas" possíveis para o clima político que predomina em Portugal.
TSF\audio\2023\05\noticias\04\joao_francisco_guerreiro_catarina_martins_16hs
"No cenário de maioria absoluta só há duas saídas, digamos assim: ou o senhor Presidente da República decide dissolver o Parlamento, convocar eleições (...), ou o Governo tem a capacidade, com a maioria absoluta que tem, de se reinventar, de se reorganizar, de mostrar outro projeto ao país", afirmou, garantindo que "o Bloco de Esquerda estará preparado para o que houver".
Para já, entende que "é preciso credibilizar o Governo, porque um Governo descredibilizado ou em que a mentira é um modus operandi, é um Governo que não tem legitimidade democrática todos os dias para agir e, portanto, tem dificuldades de agir", afirmou, reclamando soluções para "a vida das pessoas".
"Precisamos também de decisão política sobre a vida das pessoas e precisamos de decisão nas áreas fundamentais, habitação, a saúde, a educação, sabem disso, nós neste momento estamos com o país paralisado", lamentou, dividindo as responsabilidades por António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa. Por essa razão, considera que é a eles que cabe encontrar uma saída para o atual clima político.
"Neste momento está nas mãos do Presidente da República e do primeiro ministro tirarem Portugal do pântano em que está", criticou, considerando que "temos [porém] é um problema".
"É que este Presidente da República foi desejado por este primeiro-ministro e os dois juntaram-se, como sabem, para aquela artimanha de conseguir a maioria absoluta quando decidiram que era preciso eleições no momento em que não era preciso", criticou.