Onze dos 13 bebés que estão neste momento no serviço foram colonizados pela bactéria e outros três tiveram alta desde a semana passada. Um bebé que esteve internado e colonizado morreu, mas os resultados da autópsia ainda não são conhecidos.
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Os bebés colonizados por uma bactéria multirresistente no serviço de Neonatologia do Hospital de Santa Maria estão "estáveis", mas por serem prematuros têm de continuar no hospital devido ao grau de dependência de cuidados médicos, de enfermagem e de "alguma tecnologia", explicou esta sexta-feira o diretor de serviço de Infeciologia, Álvaro Ayres Pereira.
Há 13 bebés no serviço, mas apenas 11 deles estão colonizados pela bactéria e outros "dois ou três" já tiveram alta para seguir para casa com os pais.
Embora "estáveis", Ayres Pereira diz não poder dizer que os bebés estão bem, "porque se estivessem bem não estavam" na Neonatologia. "A maior parte deles são grandes prematuros, que independentemente de estarem colonizados ou de terem infeções, têm de permanecer no hospital até terem um grau de desenvolvimento que lhes permita irem para casa com os pais", notou em declarações aos jornalistas.
Estas são crianças "muito dependentes dos cuidados médicos, dos cuidados de enfermagem e de alguma tecnologia que geralmente apoia a vida".
Desde a semana passada, houve 15 bebés internados neste serviço que foram colonizados com esta bactéria, sendo que três tiveram alta e um morreu. Neste último caso, ainda não há resultados da autópsia, pelo que não pode ser estabelecida qualquer relação causal com a bactéria.
O centro hospitalar adiantou à agência Lusa esta quinta-feira que o serviço de Neonatologia está encerrado para novas admissões e os bebés "não foram nem vão ser transferidos" para outros hospitais.
"A resposta nesta área é assegurada por meios internos do CHULN e através de articulação com a rede durante os procedimentos de boas práticas necessários para resolver a situação", garantiu.
Na quinta-feira, em declarações à Sic Notícias, o diretor do Serviço de Neonatologia do Hospital de Santa Maria, André Graça, afirmou que a bactéria detetada no serviço é multirresistente à maioria dos antibióticos utilizados, o que causa "mais preocupação" na eventualidade de vir a ser necessário tratar uma infeção.