Carneiro condecorado, enquanto Medina o apoiava: "Cada pessoa tem um voto e todos são importantes"
Com o fato de ministro da Administração Interna, o candidato à liderança do PS traçou até objetivos para o futuro, "independentemente das funções que venha a ter".
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Foi em clima de pré-campanha eleitoral, e a um mês das diretas do PS, que José Luís Carneiro recebeu o crachá de ouro dos bombeiros. É apenas o segundo ministro da Administração Interna que recebe a condecoração da Liga dos Bombeiros.
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José Luís Carneiro mostra "gratidão" pela "mais importante condecoração para os bombeiros portugueses", mas fecha-se em copas quando os jornalistas insistem nas perguntas sobre a candidatura à sucessão de António Costa: "O que interessa agora são os bombeiros".
Com o fato de ministro da Administração Interna, o candidato à liderança do PS traçou até objetivos para o futuro, "com três compromissos, independentemente das funções que venha a ter". Ou seja, se chegar a primeiro-ministro ou até como líder da oposição.
"Sou defensor intransigente da revisão da lei de financiamento permanente dos bombeiros portugueses. Para procurarmos encontrar um modelo de financiamento que integre o financiamento da administração central, o financiamento da administração local e os contributos dos mecenas que em todo o país contribuem para os bombeiros portugueses", defende, embora os bombeiros lembrem que o ministro não avançou com a revisão nos 14 meses como ministro.
José Luís Carneiro compromete-se também com a reforma da escola nacional de bombeiros e define um compromisso para um fundo de financiamento para garantir investimento nas infraestruturas e nos meios, independentemente dos fundos de Bruxelas.
O apoio de Medina (que vale apenas um voto)
À mesma hora em que José Luís Carneiro recebia a condecoração da Liga dos Bombeiros, Fernando Medina confirmava o apoio à candidatura do ainda ministro, pela "visão mais próxima daquilo que tem sido o atual Executivo e de uma política de contas certas e redução da dívida".
Questionado sobre a confirmação do apoio, que se junta ao de Augusto Santos Silva (apoios de peso de dirigentes socialistas), o ministro da Administração Interna lembra que todos os votos contam.
"Desde muito jovem que me bato por um valor muito importante: liberdade e autonomia. Significa que cada pessoa tem um voto, todos são importantes", atira.
Ou seja, os apoios de peso, mas o que interessa são os votos nas urnas, a 15 e 16 de dezembro, data das diretas socialistas (com o frente e frente entre José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos). Pelo menos, José Luís Carneiro fica já com o reconhecimento dos bombeiros portugueses.