Carneiro lança "cinco compromissos" e aponta a Pedro Nuno: "Temos de ser claros na estratégia"
José Luís Carneiro volta a defender um PS "autónomo, vinculado aos seus princípios e valores".
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São cinco os compromissos com que José Luís Carneiro se apresenta aos socialistas. Da educação ao investimento, há prioridades em vários áreas, que serão assumidas caso o candidato seja eleito secretário-geral do PS.
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Em Torres Vedras, mais concretamente na freguesia de A-dos-Cunhados, num encontro com militantes com auditório cheio, o candidato à liderança do partido destacou a primeira prioridade: promover a cidadania.
"Os inimigos da democracia estão à espreita, utilizando a demagogia e o populismo. Termos jovens e cidadãos conscientes das responsabilidades e das conquistas de Abril, é decisivo para enfrentarmos os tempos que se avizinham", atirou.
A extrema-direita cresce por toda a Europa, inclusive em Portugal, e José Luís Carneiro já garantiu que "não será por ele que o Chega chega ao poder", numa declaração que foi entendida como a abertura do candidato para viabilizar um governo minoritário do PSD.
A segunda prioridade é pela aposta no investimento, público e privado, já que Carneiro considera que "os dois são complementares" e, neste caso, "não existem inimigos".
José Luís Carneiro quer também manter a aposta na educação, na cultura e no conhecimento: "É esse investimento que traz a garantia da liberdade para empreender e inovar, tornando a economia competitiva e dinâmica".
O quarto compromisso é pela sustentabilidade do país, seja alimentar ou ambiental, continuando o caminho trilhado pelo Governo de António Costa.
E, claro, combater a pobreza e as desigualdades, "que está sempre no coração do PS". Só assim, de acordo com o candidato, o país garante "a realização plena de cada homem e de cada mulher que quer realizar as suas expectativas de vida".
São objetivos possíveis, garante José Luís Carneiro, desde que o partido "seja totalmente claro na estratégia", numa indireta a Pedro Nuno Santos que tem fugido ao combate ideológico, afastando "rótulos" de esquerdista.
"Sou por um PS autónomo, vinculado aos seus princípios e valores. Comprometido com um programa de modernização, de igualdade e de justiça social. Sou por um PS que está onde sempre esteve, ou seja, no espaço da esquerda democrática, a favor da Europa e da democracia liberal", apontou.
José Luís Carneiro discute a sucessão de António Costa com mais dois candidatos: Pedro Nuno Santos e Daniel Adrião. As eleições direitas são a 15 e 16 de dezembro.