Casos de demora na resposta do INEM são "exceções pontuais" que têm de ser "corrigidas"
Governante lamenta casos recentes de demora no socorro, que devem ser corrigidas, mas defende que é "preciso preservar a boa imagem do INEM".
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O secretário de Estado e Adjunto da Saúde lamentou esta quarta-feira os casos de demora no socorro a vítimas em situações urgentes, afirmando que essas "exceções pontuais" devem ser corrigidas. Ao mesmo tempo, defendeu o governante, a "boa imagem" do INEM "tem de ser preservada".
Lacerda Sales respondia assim às perguntas dos jornalistas, em Aveiro, sobre situações que têm sido denunciadas nos últimos dias, em que o caso mais grave é o da idosa de 83 anos que morreu no hospital depois ter caído em Campolide (Lisboa) e esperado hora e meia por uma ambulância.
"Lamento todos os casos que, pontualmente, possam aparecer - e, obviamente que vão aparecendo", declarou Lacerda Sales, sublinhando que o objetivo é trabalhar para que situações como esta não voltem a acontecer.
Paralelamente, o governante defendeu que é preciso "preservar e salvaguardar a boa imagem que o INEM tem", mas, "obviamente, corrigindo aquilo que são exceções pontuais". O secretário de Estado lembrou um inquérito recente do INEM feito aos utentes, que demonstrava 95% de satisfação e menos de 2% de inoperacionalidade daquele serviço de emergência. Além disso, acrescentou, há um reforço de 23 meios durante este verão e tem sido feita formação na área dos técnicos de emergência pré-hospitalar.
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No último sábado, o INEM anunciou ter aberto um processo de inquérito para apurar as circunstâncias que motivaram o atraso na assistência pré-hospitalar à idosa de 83 anos que caiu no passeio, em Campolide, e que esperou cerca de hora e meia pelo INEM, que não tinha ambulâncias disponíveis.
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Em reação ao caso, o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar alertou que os atrasos no socorro são diários e decidiu avançar, esta quarta-feira, com denúncia ao Ministério Público.
Desde que o caso da idosa foi noticiado pelo Jornal de Notícias, no sábado outras situações vieram a público. A mais recente é a de um homem de 70 anos que sofreu uma crise convulsiva e esperou mais de uma hora para ser transportado para o hospital de Faro.
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