
Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP
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Arménio Carlos da CGTP defendeu hoje que só unida a esquerda pode avançar, enquanto Armindo Miranda afirmou que o PCP está disponível para todas as soluções que permitam derrubar o Governo.
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O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, defendeu hoje que os trabalhadores devem juntar «forças e vontades» em torno do que os pode unir para encontrar «outro caminho para Portugal».
«Em vez de centrarmos a nossa discussão naquilo que nos divide, o que é importante é juntarmos as nossas forças e vontades naquilo que nos pode unir, é nisto que trabalhamos todos os dias na CGTP, independentemente dos posicionamentos políticos ou sindicais que os trabalhadores e outras pessoas que vivam em Portugal tenham, o que importa é unirmo-nos e avançar», declarou o líder sindical no final da sessão de encerramento da VIII Convenção do Bloco de Esquerda (BE).
Arménio Carlos acrescentou ainda que «os dois problemas de fundo» do país «são o memorando e a política de direita» e deixou um apelo à participação na greve geral da próxima quarta-feira.
Já o PCP, pela voz de Armindo Miranda, disse estar disponível para um governo de esquerda com todos os que queiram romper com a política de «desgraça», mas considerou que «dificilmente» o PS o poderá integrar devido à sua prática governativa.
«Nós estamos disponíveis para falar com todos os democratas, todas as forças, todos os setores, que estejam disponíveis, convicta e seriamente, para romper com esta política que tanta desgraça trouxe ao nosso povo», declarou Armindo Miranda.
Questionado sobre se é possível incluir os socialistas nesse governo, Armindo Miranda considerou que «o PS é que tem de decidir», mas acusou os socialistas de terem «um compromisso de sangue com os banqueiros e os grupos económicos».