Chega propõe que relatório da TAP admita interferência "deliberada e consciente" do Governo
Ventura defende que essa interferência "teve maus resultados" na companhia aérea a nível jurídico e logístico, mas também "maus resultados reputacionais".
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O Chega quer que o relatório da comissão parlamentar de inquérito à TAP conclua que existiu interferência do Governo de António Costa na companhia aérea, e que aconteceu de forma "deliberada e consciente".
Em conferência de imprensa, o líder do Chega anunciou que o partido vai entregar esta segunda-feira propostas de alteração ao "corpo e às conclusões" do relatório preliminar da comissão de inquérito, que foi conhecido na semana passada.
"O Chega propõe que fique claro que a interferência política durante o Governo de António Costa aconteceu, foi desejada, deliberada e consciente", afirmou André Ventura, referindo que "há três grandes responsáveis governativos por ela", o ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos, o atual, João Galamba, e o ex-secretário de Estado das Infraestruturas Hugo Mendes.
O presidente do Chega apontou igualmente que também a responsabilidade do ministro das Finanças, Fernando Medina, "não pode ser ignorada".
Ventura defendeu que essa interferência "teve maus resultados" na TAP a nível jurídico e logístico, mas também "maus resultados reputacionais e de imagem, tal como se está a ver pela dificuldade que o Governo está a ter agora em fazer um verdadeiro processo de privatização da TAP".