Foram registadas em Mem Martins 192 microgramas de ozono por metro cúbico entre as 22h00 e as 23h00 de terça-feira.
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O concelho de Sintra atingiu na terça-feira 192 microgramas de ozono por metro cúbico, nível que pode provocar "alguns efeitos na saúde humana", informou a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT).
Em comunicado, a CCDRLVT indica que foi ultrapassado, nas estações de monitorização da qualidade do ar, o limite de 180 microgramas de ozono por metro cúbico em Mem Martins, no concelho de Sintra, no distrito de Lisboa.
De acordo com a divisão de avaliação de monitorização ambiental da CCDRLVT, a situação verificou-se entre as 22h00 e as 23h00 de terça-feira.
A CCDRLVT diz que para os valores de concentração observados, o ozono pode provocar "alguns efeitos na saúde humana", especialmente em crianças, idosos e doentes respiratórios ou cardíacos.
O presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, António Morais, explica, em declarações à TSF, que a concentração de ozono pode afetar mesmo quem não tem doenças respiratórias.
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"Nestas situações, acabam por desenvolver sintomas de tosse, pieira - a chiadeira que por vezes os asmáticos têm -, e alguma sensação de aperto torácico", afirma, acrescentando ainda que os doentes com doenças respiratórias já diagnosticadas "podem ter um agravamento da sua doença".
Por isso mesmo, António Morais defende que, "a partir do momento em que as autoridades alertem a população para os níveis elevados de ozono", estes doentes devem "evitar sair de casa".
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Já a camada da população que possui doenças respiratórias crónicas, aquando do agravamento sintomático, deve fazer uso da "medicação de alívio, de SOS, preconizada para estas situações".
"E, claro, obviamente se houver um quadro mais grave, dirigir-se aos serviços de saúde", remata.