O Conselho Nacional do CDS-PP, que terminou já de madrugada, considera que os interesses do país foram colocados acima dos interesses do partido.
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No final, Paulo Portas não quis prestar declarações. O porta-voz, João Almeida, veio anunciar que o partido concorda com a estratégia seguida pelo líder, ou seja, negociar a coligação de governo com o PSD.
Depois do choque com a demissão de Paulo Portas e das críticas de que o líder centrista foi alvo, a situação está ultrapassada e a ferida está sarada, garantiu João Almeida.
«Confiança no presidente do partido, na sua condução do partido e na sua condução na representação do partido na maioria. Portanto, é tão claro que houve uma discussão franca e aberta como é claro também que houve esta conclusão bastante maioritária e expressiva», declarou.
O porta-voz do partido reconhece que a reunião foi viva, aberta e franca e sublinha que o essencial está assegurado: a estabilidade do Governo.
«O partido é muito favorável à estabilidade política do país e manifestou essa convicção», acrescentou o porta-voz do CDS-PP.
João Almeida considera que a solução encontrada é forte, vai reforçar a coligação e não há «nenhum recuo [de Paulo Portas]».
«O presidente do partido que hoje aqui esteve, é o presidente do CDS que o era antes deste Conselho Nacional, que se ia candidatar ao congresso, e que se candidatará ao congresso na nova data. Aquilo que se trata de matéria governativa consta de uma proposta que está entregue ao Presidente da República e sobre a qual não nos vamos pronunciar publicamente», concluiu.
Já António Pires de Lima disse que este Conselho Nacional era necessário e tinha que servir para esclarecer os militantes do partido a propósito da cise gerada por causa da demissão de Paulo Portas.
O presidente da mesa do Conselho Nacional fez, por isso, um balanço extremamente positivo do encontro, que caracterizou de «belíssimo» e esclarecedor.