"Pode haver algum desacato" mas há "segurança garantida" na JMJ, assegura Costa
O primeiro-ministro fez um balanço depois de uma hora de reunião com os responsáveis do Serviço de Informações de Segurança.
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O primeiro-ministro, António Costa, vê a Jornada Mundial da Juventude como o "maior evento internacional" que Portugal já acolheu e, por isso, admite que "pode haver aqui e ali algum desacato", mas assegura que há "segurança garantida".
"Este evento requer uma mobilização sem precedentes de todas as forças de segurança e foi isso que vim aqui verificar. Tudo foi devidamente planeado, está devidamente articulado e preparado para que a tranquilidade seja assegurada e a segurança garantida. Até agora tudo tem vindo a decorrer com total normalidade. Temos boas razões para estarmos confiantes no trabalho de preparação e no estado de prontidão das diferentes forças e serviços", explicou Costa, depois de ter estado reunido, durante uma hora, com os responsáveis do Serviço de Informações de Segurança.
O governante recordou também que, a par da Expo 98, Portugal já recebeu grandes eventos como o Europeu de futebol, várias finais da Liga dos Campeões e organiza, em Fátima, "anualmente um enorme evento".
"Não tendo tantas pessoas, decorre num espaço muito mais confinado. Temos forças e serviços de segurança que têm demonstrado estar prontos para as eventualidades, prevenindo qualquer problema que possa ocorrer", acrescentou o primeiro-ministro.
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"Importante é que hoje está tudo pronto"
Pouco depois, já em visita ao Parque Tejo, António Costa destacou que o "importante é que hoje está tudo pronto" e o que fica para Portugal depois da Jornada Mundial da Juventude, como a "dimensão imaterial e de projeção do país", bem como um território "transformado".
"Finalmente a Expo vai passa a foz do Trancão e permitir que a plataforma ribeirinha da Bobadela se transforme numa grande continuidade deste parque urbano. Há 30 anos um dos projetos que apresentei era a transformação daquela plataforma ribeirinha num grande parque urbano. Loures e a Bobadela vão ganhar um grande parque urbano. Isso são ganhos que vão ficar. Este investimento não é apenas para um evento de cinco dias", sublinhou.
Além disso, afirmou que não é crente e desvalorizou as polémicas.
"Não podemos estar sempre a martirizar-nos com o que poderia ter sido melhor, em vez de nos orgulharmos por estar pronto. Celebremos esta grande Jornada da Juventude e a requalificação destas frentes ribeirinhas. Nunca houve nenhum destes grande eventos em que as discussões não tivessem sido as mesmas. Quando foi a Expo houve uma enorme polémica sobre se a Expo se pagava ou não a si própria, se ia ficar ou não pronta. É sempre fácil inventar polémicas. Pode-se estar sempre a discutir essas coisas, mas concentremo-nos nos resultados", pediu Costa.
Cerca de 78 mil peregrinos inscritos na Jornada Mundial da Juventude já chegaram a Lisboa para o encontro de jovens com o Papa, informou hoje a organização. A JMJ tem a sua abertura oficial na terça-feira, com uma missa celebrada pelo cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, no Parque Eduardo VII.
O Papa Francisco tem chegada prevista a Lisboa na quarta-feira, permanecendo em Portugal até domingo, dia do encerramento da JMJ. Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre os dias 01 e 06 de agosto deste ano, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude. O primeiro encontro aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado, nos moldes atuais, por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).
A edição deste ano, que contará com a presença do Papa Francisco, esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia de Covid-19. O Papa Francisco foi a primeira pessoa a inscrever-se na JMJ Lisboa 2023, no dia 23 de outubro de 2022, no Vaticano, após a celebração do Angelus.
Notícia atualizada às 12h29