O primeiro-ministro vai visitar Hannover, "para a maior feira de indústria do mundo", que vai contar com empresários portugueses.
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António Costa sublinha que Portugal tem "condições únicas" para se assumir como líder na reindustrialização da Europa. O país é "a porta de entrada" no continente europeu e, ao contrário do que dizem, "não é periférico".
O primeiro-ministro falou perante uma plateia de empresários, em Sintra, antes da maior feira de indústria do mundo, que vai decorrer no domingo em Hannover, na Alemanha. António Costa garante que a Europa aprendeu com as últimas crises.
"A Europa compreendeu, finalmente, que não pode ter deslocalizado para outras localizações do mundo, grande parte da sua atividade industrial. O risco de disrupção é muito elevado", sublinha.
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O primeiro-ministro acrescenta que Portugal "deixou de ser periférico" na relocalização do mercado global, já que "não nos medimos em função do centro da Europa".
"Medimo-nos por ser o interface, como sempre fomos, da Europa para o resto do mundo", diz.
E o porto de Sines pode ter um contributo fundamental, neste caso, para responder à dependência de gás da Rússia. O ministro da Economia e do Mar, Costa Silva diz mesmo que Portugal pode marcar uma nova era.
"Com a liderança do primeiro-ministro, temos o projeto para converter o porto de Sines num hub de receção dos gás natural liquefeito e fazer o transporte de navios para o Norte da Europa. Poderá marcar uma nova idade e colocar Sines no mapa nas interconexões internacionais", atira.
Mas também nas energias renováveis, Portugal pode liderar no espaço europeu, já que a Comissão Europeia define Portugal "como o país em melhores condições para a neutralidade carbónica" até 2050. Além disso, "somos o quarto país mais seguro do mundo".
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"A Europa tem um problema urgente de segurança energética e Portugal tem um potencial imenso a nível de energias renováveis. É um dos polos que vai estar em Hannover: o potencial de energias renováveis e oceânicas", diz o ministro da Economia e do Mar.
Costa Silva adianta que o Governo "está a receber muitas manifestações de interesse", e admite que, no futuro, "vamos ter ilhas artificiais, afastadas da costa, onde podemos ter projetos com eólicas".
Entre domingo e segunda-feira, o primeiro-ministro vai estar "na maior feira da indústria do mundo que conta, este ano, com Portugal como país-parceiro". António Costa vai reunir-se com o chanceler alemão, Olaf Scholz, e reunir-se com empresários portugueses.