Em Barcelos, o primeiro-ministro avisou que não é precisa tanta "correria" para o ouvir falar.
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O primeiro-ministro, António Costa, recusou esta quinta-feira fazer mais declarações aos jornalistas sobre a polémica com João Galamba e a declaração que o Presidente da República vai fazer esta noite porque "já disse o que tinha a dizer".
"Não precisamos desta correria toda, já disse o que tinha a dizer e já falei aqui sobre esta obra que está em curso", avisou em Barcelos, prometendo voltar para a ver concluída e inaugurá-la.
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Questionado sobre um eventual encontro com o Presidente da República, Costa contrapôs que já tem encontro marcado para 19 de dezembro, em Barcelos, para inaugurar, então, a obra: uma residência universitária e um centro de investigação do Instituto Politécnico do Cávado e Ave.
Nos últimos dias, o ministro das Infraestruturas, João Galamba, tem estado envolvido numa polémica com o seu ex-adjunto Frederico Pinheiro, demitido há uma semana, sobre informações a enviar à Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP.
O caso envolveu denúncias contra Frederico Pinheiro por violência física no Ministério das Infraestruturas e furto de um computador portátil com informações classificadas, já depois de ter sido demitido.
A polémica aumentou quando foi noticiada a intervenção do Serviço de Informações e Segurança (SIS) na recuperação desse computador.
Na terça-feira, João Galamba pediu demissão, mas o primeiro-ministro não aceitou o pedido, mantendo-o no Governo.
No mesmo dia, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou discordância em relação à decisão de António Costa.
A Presidência da República anunciou que Marcelo Rebelo de Sousa fará às 20:00 de hoje uma declaração ao país sobre o caso.