Na SIC Notícias, Nuno Crato assegurou que este facto foi um puro «acaso» e confirmou que conversou com Passos Coelho sobre esta questão, mas nunca com Miguel Relvas.
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O ministro da Educação confirmou que assinou o despacho sobre a investigação à licenciatura de Miguel Relvas no mesmo dia em que se discutiu a moção de censura do PS ao Governo.
Em entrevista à SIC Notícias, Nuno Crato assegurou que tudo não passou de um «acaso» até porque a vida dos ministros é marcado por muitas idas ao Parlamento e muitas coisas para analisar.
O titular da pasta da Educação esclareceu que pretendia analisar estes assuntos «mais ou menos em simultâneo» e que o secretário de Estado do Ensino Superior defendeu o despacho na véspera, o que levou Nuno Crato a assiná-lo.
Crato confirmou ainda que falou com o primeiro-ministro sobre a questão que envolvia Miguel Relvas, mas garantiu que nunca teve uma conversa sobre esta questão com o ministro que se demitiu.
«Não houve nenhum diálogo sobre isto com o ministro Miguel Relvas. Informei o primeiro-ministro há alguns dias de que isto ia seguir para tribunal e que só estava a olhar para os aspetos formais do problema, mas que já tinha formado a minha convicção», indicou.
O ministro aproveitou ainda para garantir que Pedro passos Coelho se tem comportado com «grande dignidade e tem dado o exemplo de como é possível, perante um caso concreto em que estão possivelmente em causa ministro ou amigos, manter a imparcialidade».
«As instruções do primeiro-ministro para mim foram: cumpra a lei e olhe para a inspeção e veja se tem fundamento», concluiu Nuno Crato.