"Decisão acertada." Sindicato reconhece "mérito" de adiamento da extinção do SEF
À TSF, Acácio Pereira diz que estavam em causa os "os direitos dos cidadãos migrantes, os deveres internacionais do Estado português e a garantia integral dos direitos dos trabalhadores".
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O Governo anunciou, esta sexta-feira, o adiamento da extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que estava prevista para 12 de maio. O presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF), Acácio Pereira, elogia a postura de diálogo do Governo, admitindo que esperava esta decisão.
"Era uma decisão mais ou menos esperada. Podemos dizer que há uma decisão acertada no atual contexto. Há que reconhecer o mérito disso e o mérito de abertura ao diálogo por parte do senhor primeiro-ministro e do senhor ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro que desde a primeira hora manifestou uma postura de diálogo com os sindicatos. Estavam em causa os direitos dos cidadãos migrantes, os deveres internacionais do Estado português e a garantia integral dos direitos dos trabalhadores nesta matéria. Tudo isto são razões mais do que suficientes para se justificar esta tomada de decisão", diz em declarações à TSF.
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Acácio Pereira diz ainda que o adiamento agora decidido não passa disso mesmo. O dirigente sindical continua, no entanto, a esperar que o Governo venha a abandonar a ideia de extinguir o SEF.
"Está-se sempre a tempo de corrigir seja o que for. Neste momento, o que dizemos é que se essa decisão política for tomada é bem-vinda. Naturalmente neste momento estamos a falar de um adiamento da sua extinção. Esperamos do Governo uma postura de diálogo, diferenciadora, do que tinha vindo a ser seguido no passado", acrescenta.
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A notícia do adiamento da extinção do SEF foi avançada pela edição online do Semanário Expresso. A última data indicada pelo Governo era 12 de maio. Em reuniões com os sindicatos, logo depois de tomar posse, o ministro da Administração Interna (MAI) confirmou que a extinção iria mesmo acontecer nessa data, mas, agora, o Governo voltou atrás.