"Decisão unilateral." BE acusa Moedas de não cumprir regras ao decidir nome da ponte do Parque Tejo
O partido acusa Carlos Moedas de não ter consultado ninguém na tomada de decisão e afirma que a atribuição do topónimo de Manuel Clemente à ponte "não cumpre as regras normais".
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O Bloco de Esquerda (BE) acusou, este domingo, Carlos Moedas de tomar uma "decisão unilateral", considerando que a atribuição do nome do cardeal Manuel Clemente à ponte pedonal entre Lisboa e Loures "não cumpre aquilo que são as regras normais".
"Nós consideramos que isto poderá ter sido uma precipitação por parte do presidente Carlos Moedas e esperamos que a decisão possa ser revertida nos próximos tempos ou pelo menos que seja alvo de uma votação na Câmara Municipal de Lisboa, isso seria a normalidade", disse, à TSF, Ricardo Moreira da concelhia de Lisboa do BE.
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Ricardo Moreira sublinhou ainda que o partido recebeu "com estupefação" a notícia de que o autarca de Lisboa tinha decidido atribuir o topónimo de Manuel Clemente à nova ponte sobre o rio Trancão, uma vez que "não foi precedida de nenhum parecer da comissão municipal de toponímia, não foi alvo de apreciação e votação na Câmara Municipal de Lisboa ou na Assembleia Municipal de Lisboa".
"E mesmo que tivesse sido, não cumpria as regras que a própria Câmara Municipal tem sobre a atribuição de topónimos", acrescentou.
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O BE já enviou uma carta a pedir explicações e espera que a decisão seja revertida.
Na sexta-feira, a autarquia de Lisboa anunciou que a nova ponte, construída a propósito da Jornada Mundial da Juventude e inaugurada em julho, é uma homenagem ao 17.º patriarca de Lisboa, que renunciou ao cargo após ter completado 75 anos.