A Associação de Defesa do consumidor aplaude o prolongamento do Iva Zero, mas considera que sabe a pouco.
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A DECO considera que prolongar a medida de IVA Zero no Cabaz alimentar até final do ano "é positiva, mas manifestamente insuficiente".
"Quando se tomam medidas para mitigar a inflação deve-se ter especial cuidado com as famílias de menores rendimentos", afirma Natália Nunes. A coordenadora do Gabinete de Defesa Financeira da Associação de Defesa do Consumidor adianta que "são essas [famílias) que estão verdadeiramente a sofrer e a tentar sobreviver à crise" e com esta decisão vão poupar apenas alguns euros.
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"A verdade é que esta medida tem um impacto muito reduzido nos orçamentos das famílias com menores rendimentos, que precisam de ajuda com medidas mais musculadas", considera.
Na opinião da DECO, além da fatura do supermercado, o que está a pesar no orçamento familiar são as rendas altas ou o crédito à habitação, com as taxas de juro a subir há demasiado tempo. Também aqui a Associação considera que é preciso ir mais longe nas medidas destinadas a ajudar as pessoas.
"O facto de a lei ser muito restritiva, impede que as famílias que estão confrontadas com a subida dessa prestação tenha acesso a este apoio", acrescenta Natália Nunes.
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Além disso, o apoio que é concedido, na opinião da DECO, é insuficiente.
"Ainda recentemente recebemos uma família que paga uma prestação de 700 euros e tem um apoio de 35 euros", conta.
Embora saliente que, apesar de curto, o apoio é bem-vindo, Natália Nunes afirma que o mesmo não leva a que as famílias deixem de ter dificuldades em pagar o crédito à habitação. Na opinião da DECO, é "necessário alargar os requisitos" a quem pode usufruir desse apoio, bem como aumentar o seu valor.