"Deixou-se de privilegiar o tédio" e passou-se a questionar: "De onde vem este cansaço?" Um manifesto de combate à era da pressa
Nelson Nunes apresenta esta terça-feira o livro “De Onde Vem este Cansaço?", no qual trata diversos temas relacionados com a saúde mental
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“De onde vem este cansaço?” é uma pergunta comum e que dá título ao novo livro de Nelson Nunes. A obra, apresentada esta terça-feira em Lisboa, assume-me como um manifesto de combate à era da pressa e trata diversos temas relacionados com a saúde mental, como o burnout.
Ao longo de 240 páginas, Nelson Nunes mostra como “é o estilo de vida como um todo que nos cansa e não só o trabalho”. O autor aponta “outras coisas tão banais” como a quantidade de notificações recebidas no telefone, a falta de cuidado com o sono e a luz das casas.
“No dia a dia, deixou de se privilegiar o tédio e o tédio é um mecanismo também muito útil para descansarmos”, disse, em declarações à TSF.
Nelson Nunes sugere mudanças de hábitos “tão simples” como ter espaços em casa onde o telefone não entra, ou baixar o nível de luz em casa a partir das 19h00, ou 20h00.
“O meu último livro era sobre a morte e uma coisa que ouvi muita gente a dizer é que no leito de morte nunca ninguém diz quem deve ter trabalhado mais ou ‘quem me dera ter estado mais ocupado’. O que é significativo no final da vida é a criação de memórias que sejam duradouras, que sejam importantes da nossa vida em relação ao com os outros”, sublinhou.
“Portanto, quanto melhor nós gerirmos o nosso tempo, menos arrependimentos teremos no futuro. É preciso fazer esse tal combate à pressa”, defendeu.
O livro “De Onde Vem este Cansaço?” conta com testemunhos do músico David Fonseca, do humorista Hugo Van Der Ding, do comunicador Fernando Alvim e do académico e político Miguel Poiares Maduro. O lançamento acontece esta terça-feira, às 19h00, em Lisboa.
