Desaparecimento de peregrinos? Bispo do Mindelo não sabe de seis, mas diz que termo "é desadequado e forte"
Ildo Fortes disse à TSF que é um exagero falar de desaparecimento de peregrinos.
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O bispo do Mindelo, Ildo Fortes, não sabe onde estão seis das 150 pessoas que viajaram com ele de Cabo Verde para Lisboa, mas afirmou na TSF que é um exagero falar de desaparecimento de peregrinos e admite que possam estar com familiares.
"Essas pessoas não estão connosco, terão ido para as famílias, é apenas o que sei. O termo desaparecimento é desadequado e forte. Dá a sensação que estão desaparecidos, perderam-se e é preciso ir à procura deles. Não é o caso. Não tenho dúvidas de que, de várias partes do mundo, é capaz de haver alguns que possam não querer voltar. Isso admito. Na minha diocese temos um critério muito, muito forte de saber quem eram as pessoas, mas mais não lhe posso dizer, não podemos responder por cada uma das pessoas", contou Ildo Fortes.
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A maior parte dos peregrinos que não se registaram na diocese de Leiria-Fátima são cabo-verdianos - 168 -, mas Ildo Fortes também não tem qualquer informação.
"Não, isto é por diocese. Falo da minha diocese, que é mais pequena, do Mindelo. O nosso grupo está praticamente junto, são apenas seis que não sabemos deles, não têm comparecido", afirmou à TSF o bispo do Mindelo.
No entanto, garante que o facto de se desconhecer o paradeiro destas pessoas não está a gerar qualquer perturbação no seu grupo.
"O meu grupo é tranquilo, está a ser uma experiência magnífica de Jornada. Fomos, na maioria, extremamente bem recebidos, com momentos fortes de emoção ontem quando deixámos Leiria. Muito choro porque as famílias abriram o coração, abriram as suas casas, os nossos jovens sentiram-se verdadeiramente acolhidos. As pessoas estavam encantadas com a presença do grupo cabo-verdiano e estamos tranquilos. Esta notícia gera um bocadinho intranquilidade, mas a minha equipa está perfeitamente tranquila. Ainda hoje estive de manhã com eles em oração e partimos para Lisboa. Por isso às notícias vezes são um alarme que nem sempre se justifica", acrescentou.
Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa entre esta terça-feira e domingo para a JMJ, considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, e que contará com a presença do Papa Francisco.