Todos os arguidos estiveram presentes no tribunal de Aveiro e quase todos os advogados de defesa apresentaram requerimentos para aceder às escutas telefónicas.
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As escutas que foram feitas, algumas destruídas e outras que, segundo o advogado Ricardo Sá Fernandes, ainda podem existir.
Por isso, o advogado de Paulo Penedos pede ao Tribunal de Aveiro que averigue quais são as escutas que envolvem José Sócrates e o seu cliente, que foram destruídas ou que ainda existam.
As mesmas escutas levaram Rui Patrício, advogado de José Penedos, a considerar que «estamos perante um romance de telefonista», isto é «escutaram, escutaram, mas ainda não deram seguimento à investigação».
Tiago Rodrigues Bastos, advogado de Armando Vara, considera que as escutas não provam «o que quer que seja», até porque, frisou, «os factos de que Vara está acusado não são verdadeiros».
Também Carlos Pinto de Abreu, advogado de António Paulo Costa, apresentou nos últimos minutos da sessão um requerimento para que seja cedida uma cópia audio de todas as escutas que foram feitas às conversas entre o seu cliente e o principal arguido deste processo, Manuel Godinho.
A primeira sessão do julgamento que começou hoje no tribunal de Aveiro terminou cerca das 17h00, depois do juiz Raul Cordeiro, que preside ao colectivo de juízes que está a julgar o caso, ter lido um resumo do despacho de pronuncia.
Esta quarta-feira, o antigo ministro Armando Vara e o ex-presidente da REN, José Penedos, e o seu filho Paulo Penedos voltam ao Tribunal de Aveiro para prestarem declarações na segunda sessão do processo.