A Federação Académica do Porto aponta duas falhas às novas regras para atribuição de bolsas no Ensino Superior e a Associação Académica da Universidade de Lisboa mostra-se preocupada com o "timing" do anúncio.
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«As pessoas inscrevem-se normalmente em cerca de 60 créditos, mas podem ter bolsa se se inscreverem a mais de 30, contudo têm que fazer no mínimo 36. Quem se inscreve a um valor entre 30 e 36, como podem dizer que está dentro do que se inscreveu a mais de 30 mas obrigados a fazer mais de 36?», questionou o presidente da Federação Académica do Porto.
O outro problema apontado por Luís Rebelo tem a ver com o cálculo de capitação. «Quando o agregado familiar é constituído apenas por uma pessoa essa pessoa conta como um, quando é constituído por mais de três pessoas também contam como eu, mas quando é constituídp por duas só contam 1,5 ou 1,7 em função de a outra pessoa para além do requerente ser menor ou maior. Isto vai introduzir alguma injustiça», criticou.
Por seu lado, o presidente da Associação Académica da Universidade de Lisboa mostrou-se preocupado por «mais uma vez» haver um «regulamento tardio».
«A aplicação pode levar àquilo que aconteceu no ano passado, ou seja, só em Fevereiro é que os estudantes abrangidos pelo novo regime começaram a receber as bolsas», disse.
Gonçalo Carrilho culpou o Governo por só agora publicar o regulamento quando teve «todo um período de Verão para o fazer».