Ex-adjunto volta a contradizer Galamba: diz que entregou "voluntariamente" portátil e nega agressões
Frederico Pinheiro afirma à TSF que foi buscar o computador ao ministério por ter receio de perder informação para a sua defesa.
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As contradições entre o ministro João Galamba e o seu antigo adjunto, Frederico Pinheiro, têm agora um novo capítulo. Depois da conferência de imprensa do ministro das Infraestruturas, em que este deu nota de que o computador, alegadamente roubado, está guardado "num cofre", Frederico Pinheiro esclarece que foi o próprio a entregar o material e nega quaisquer agressões a assessores.
O antigo adjunto de João Galamba admite, à TSF, que quis levar o computador do ministério por ter receio de não voltar a ter acesso a informações pessoais e de trabalho, como as notas da reunião preparatória que teve com a antiga CEO da TAP e o deputado do PS Carlos Pereira.
Entreguei o computador voluntariamente
O ministro João Galamba, em conferência de imprensa, explicou que o Governo contactou os Serviço de Informações de Segurança (SIS) e a PJ para recuperar o material, mas Frederico Pinheiro garante que "ninguém foi buscar" o computador.
"Ninguém o veio buscar, eu entreguei o computador voluntariamente", garante Frederico Pinheiro à TSF.
De acordo com a versão de Frederico Pinheiro, depois de ter saído do ministério, "mal chegou a casa enviou um e-mail ao Centro de Gestão da Rede Informática do Governo (Ceger), ministro e chefe de gabinete a dizer que queria entregar o computador". Quis, diz, retirar informação que entende ser preciosa para a sua defesa.
Frederico Pinheiro ficou sem acesso ao e-mail e ao telemóvel ainda nessa noite, depois de ter sido despedido pelo ministro João Galamba, e após os alegados conflitos na sede do Ministério das Infraestruturas.
Nego veemente a existência dessas agressões
Também sobre as acusações de "agressões bárbaras" a três elementos do Governo - a chefe de gabinete e duas assessoras -, Frederico Pinheiro "nega veemente a existência dessas agressões" e garante que o próprio chamou a PSP para ir ao local.
"Aliás, eu chamei a PSP para sair do Ministério. Isso prova que essa acusação não faz qualquer sentido", acrescenta.
O antigo adjunto do Governo explica que pediu a intervenção das autoridades para sair da sede do ministério, já lhe que estava a ser barrada a saída.