O relatório publicado pelo Gabinete de Avaliação Educacional destaca, no entanto, as dificuldades que os alunos apresentam na compreensão de textos e na construção de respostas.
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A média nacional dos resultados das provas do ensino secundário de Português em 2012 foi de 10,4 valores, uma subida relativamente ao ano anterior (9,6), segundo o relatório divulgado pelo Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE).
A análise dos resultados da prova de exame nacional de Português (1.ª fase), que teve em conta as respostas de 50.916 alunos (internos), aponta para uma percentagem de 63,3% de classificações iguais ou superiores a 10 valores.
Analisando os grupos de questões em que os alunos obtiveram piores resultados, o GAVE assinala que as principais dificuldades se revelaram em «tanto em itens em que se avalia a leitura orientada de um texto literário, como em itens em que se avalia o funcionamento da língua, quando a resposta exige o domínio de metalinguagem».
«É de destacar que, nos itens que exigem resposta estruturada (...), além das dificuldades ao nível do conteúdo, os alunos revelam fracos desempenhos nos parâmetros da organização e da correção linguística», sublinha o GAVE.
Quanto à matemática, a média nacional dos exames no 9.ºano também passou a fasquia do negativo, subindo 10 pontos percentuais, para 54,4%.
Na análise dos resultados da prova de Matemática relativos à primeira chamada consideraram-se as respostas de 88.228 alunos internos do 9.ºano de escolaridade.
A média dos exames nacionais do Secundário a Física e Química em 2011/2012 manteve-se em terreno negativo, com os mesmos 8,1 valores obtidos no ano anterior, segundo o relatório do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE).
Por outro lado, na análise dos resultados da prova de exame nacional de Física e Química A (1.ªfase) foram consideradas as respostas de 29.867 alunos (internos) e a percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores (em 20) foi apenas de 34,3%.
Segundo os resultados obtidos, no caso dos itens de cálculo, aplicados nestas provas, «a conceção de metodologias de resolução continua a ser a área (de carácter transversal) de maior fragilidade», refere o documento.
«Algumas das fragilidades aqui apontadas, relativas sobretudo ao processo global de aprendizagem, assumem um carácter transversal a várias disciplinas. Face ao exposto, sugere-se um modelo de aprendizagem por tarefas, de acordo com o qual os alunos se possam tornar mais autónomos na abordagem das situações-problema propostas, conseguindo estabelecer estratégias de resolução adequadas», acrescenta o GAVE.
Olhando para o mapa, os melhores resultados, tanto a Matemática como a Português, foram obtidos nas regiões do Baixo Mondego e do Cávado, com médias a rondar os 11 valores.
Nas grandes cidades, o Porto teve dos melhores resultados a Português e Lisboa destacou-se na Matemática.