A inconstitucionalidade da suspensão do modelo de avaliação dos professores, pelo Tribunal Constitucional, vai a aumentar a discórdia nas escolas portuguesas, garante sindicato.
Corpo do artigo
António Avelãs considera que a decisão do Tribunal Constitucional «prejudica as escolas a nível do conteúdo e material», disse à TSF, quando questionado sobre a inviabilização da suspensão, pela Assembleia da República, da avaliação de desempenho dos docentes.
Para o dirigente da Fenprof, «os conflitos que estão instalados entre professores nas escolas tenderão a agudizar-se».
Mário Nogueira, secretário geral da Fenprof, disse, em Coimbra, que o acórdão do TC, vai «obrigar as escolas a prosseguir até final do ano lectivo com procedimentos que dificultarão o seu normal funcionamento».
«Conscientes dos problemas que as escolas vivem com a aplicação desta avaliação e sensibilizados pelas centenas de posições que têm vindo a ser aprovadas pelos professores, CDS, PSD, PCP, PEV e BE uniram-se para votarem o que era justo e adequado: a suspensão, este ano, desta avaliação, aprovando um regime transitório e apontando para a aprovação de um novo modelo de avaliação», sublinhou.
Mário Nogueira enfatizou que, na Assembleia da República, «o PS, isolado, votou contra, satisfazendo, assim, a teimosia de José Sócrates».
Por outro lado, o Presidente da República, Cavaco Silva, «que sempre revelou simpatia por este modelo criado por Lurdes Rodrigues (ex-ministra da Educação), fez o que estava ao seu alcance para inviabilizar a sua aplicação», concluiu.