A Federeção Nacional dos Professores disse que, na reunião de hoje, o ministro da Educação apenas «escutou» os docentes. Há nova reunião com Nuno Crato na próxima semana.
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A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) espera que já na próxima semana o ministro da Educação tenha «respostas» sobre que modelo de avaliação de desempenho irá substituir o actual, afirmou o dirigente sindical Mário Nogueira.
Falando aos jornalistas após o primeiro encontro com Nuno Crato desde que este assumiu a pasta da Educação, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, afirmou que o ministro «escutou, mas faltam vir as respostas».
Na próxima semana a Fenprof volta a reunir-se com o ministro sobre uma das «medidas imediatas» que reclama: a «suspensão imediata e substituição do regime de avaliação de desempenho» dos professores.
Questionado sobre se o próximo ano lectivo vai começar bem no que toca às relações entre professores e a tutela, o sindicalista mostrou um grau mínimo de optimismo: «É difícil correr pior» do que aconteceu com o anterior Governo, declarou.
Mário Nogueira afirmou esperar que «alguma coisa melhore» mas antecipou já que o ano que vem vai ser de «continuar o combate» .
Em relação a medidas já anunciadas pelo Governo, como o aumento da carga horária de Português e Matemática, Mário Nogueira questionou que seja uma solução adequada para os problemas de aproveitamento dos alunos, salientando que «não há nenhum suporte científico para dizer que são precisas mais horas».
Para a Fenprof, além da avaliação há uma lista - entregue a Nuno Crato - de «medidas imediatas» que passam também pelos horários dos professores, pela antecipação para este ano do concurso de ingresso e mobilidade previsto para 2013 e pela reorganização da rede de escolas.
A Fenprof quer garantias de que o encerramento de 266 escolas previsto seja feito em acordo com a comunidade escolar - pais, alunos e também autarquias - e que as crianças dessas escolas não ficam em situação pior.