A Fenprof receia que os cortes na Educação, acima dos 800 milhões de euros, deixem no desemprego um número «superior a 20 mil professores a contrato».
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O secretário-geral da Fenprof acusou, esta quarta-feira, o Ministério da Educação de «desorganização». O novo ministro Nuno Crato «começa mal», criando confusão, criticou, alertando que pode estar em causa o arranque do próximo ano lectivo com as escolas «devidamente organizadas».
Em cima da mesa está a desburocratização do ensino. «Há medidas que ou são urgentemente tomadas ou não podem ser tomadas», anotou, exigindo uma clarificação da tutela sobre o desenho curricular das disciplinas e se vai ou não haver mega-agrupamentos.
Se essas medidas forem tomadas, «as escolas têm de deitar para o lixo muito do trabalho que já fizeram e neste momento não se percebe um silêncio destes», reforçou.
Mário Nogueira não entende como é que o Ministério da Educação «pode achar que até ao final de Julho ainda vai dar orientação às escolas sobre a forma de se organizarem durante o próximo ano».
O sindicalista acrescentou que há ainda muito trabalho de casa para fazer no novo Ministério e que no próximo ano lectivo haverá menos 30 mil horários escolares, o que se traduz, na sua opinião, em menos 20 mil professores nas escolas.
Estas declarações foram proferidas em Braga, onde a Fenprof se reuniu para analisar o programa do Governo no que toca à Educação. Nesta análise, a Federação Nacional de Professores concluiu que se trata mais do mesmo.
Contactado pela TSF, o Ministério da Educação fez saber que não comenta estas declarações.