O Governo aprovou a proposta da Mutares para a privatização da Efacec a 7 de junho.
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O fundo alemão Mutares, cuja proposta de privatização da Efacec foi aprovada, classificou a empresa como uma "excelente opção" para o seu portfólio, afirmando que esta vai beneficiar de uma plataforma que permitirá recuperar a sua posição de liderança.
"A Efacec é uma excelente opção para o portfólio da Mutares, uma vez que beneficiará de uma relevante plataforma que ajudará a canalizar melhorias de valor, permitindo que a empresa recupere a sua posição de liderança no mercado e regresse à trajetória de crescimento", indicou, em comunicado, a Mutares.
Em 07 de junho, o Governo aprovou a proposta da Mutares para a privatização da Efacec, sem revelar os valores envolvidos.
A Mutares já assinou o acordo para a aquisição da Efacec ao Estado, por um valor não revelado, estando a conclusão da transação prevista para o terceiro trimestre de 2023.
"Estamos muito felizes em anunciar a nossa segunda aquisição em 2023. Estou convencido de que, com a nossa experiência operacional e as tendências em curso no setor da energia, podemos continuar a desenvolver o potencial da empresa e colocá-la de novo no caminho do crescimento sustentável", afirmou, citado na mesma nota, o 'chief information officer' (CIO) da Mutares, Johannes Laumann.
No documento, o fundo alemão classificou ainda a Efacec como a principal empresa portuguesa dedicada ao fabrico de equipamentos e soluções críticas nos setores da energia, engenharia e mobilidade, com "uma forte especialização em torno da transição energética".
A Efacec, que tem sede em Matosinhos, conta com cerca de 2.000 trabalhadores.
"Globalmente é uma empresa de renome, preparada para impulsionar mudanças positivas em infraestruturas críticas no âmbito da transição energética e economia circular", acrescentou.
O Estado injetou 132 milhões de euros na Efacec, a que se somam mais 85 milhões de euros em garantias.
O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, já disse ter "grande expectativa" de que este valor pode ser recuperado.
O Governo aprovou em novembro do ano passado um novo processo de reprivatização da participação social do Estado de 71,73%, com um novo caderno de encargos, depois de ter anunciado em 28 de outubro que a venda da Efacec ao grupo DST não foi concluída por não se terem verificado "todas as condições necessárias" à concretização do acordo de alienação.