Registados 149 crimes associados à JMJ, a maioria furtos a peregrinos por carteiristas
Governo agradece a "dedicação, brio e entrega inexcedíveis" das forças de segurança durante a JMJ.
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O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, diz que a atuação das forças de segurança durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) ficou marcada pela "confiança, cooperação e vontade cívica".
Em conferência de imprensa esta segunda-feira, ministro agradeceu "a dedicação, brio e entrega inexcedíveis" de todas as polícias nacionais, todos os ramos das Forças Armadas, o SEF e os sistemas de informações, naquele que foi "o maior evento de sempre realizado em termos de coordenação, planeamento, implementação e monitorização de segurança no país".
O ministro destaca ainda o trabalho daqueles que estiveram na retaguarda da segurança, em especial da rede SIRESP, que recebeu "6.000.410 chamadas promovidas por mais de 180 entidades", com "atrasos máximos", durante os principais eventos da JMJ, "de oito segundos".
Também Paulo Vizeu Pinheiro, secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, considera que a JMJ decorreu de forma "exemplar" no que à segurança diz respeito.
Foram controladas 20117 viaturas, 1929 embarcações, 6891 voos e 1.00.362 pessoas, das quais apenas 213 viram recusada a entrada no país.
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"O planeamento correspondeu em larga medida à realidade", considera Paulo Vizeu Pinheiro, com um total de 16 mil operacionais a assegurar a "máxima segurança com o mínimo de transtorno possível".
Em média estiveram destacados "três mil polícias por cada turno de oito horas, dedicados, a sua grande maioria, à JMJ", acrescenta o diretor nacional da PSP, Manuel Magina da Silva.
A PSP registou 149 crimes associados à JMJ, a maioria dos quais (129) furtos a peregrinos levados a cabo por carteiristas.
"Não ocorreram quaisquer ofensas corporais graves contra qualquer peregrino que esteve em Portugal", nem se registaram mortes associadas a ação criminosa, aponta o diretor da PSP.
E até há um "caso de sucesso": um carteirista foi detido em flagrante delito e todos os bens foram devolvidos à peregrina que fora furtada.
Foram ainda registados ainda quatro crimes "contra a integridade física simples", ou seja, agressões que não resultaram em hospitalizações, quatros crimes relacionados contra a "vivência em sociedade" e oito associados ao tráfico de droga.
O transporte dos peregrinos para Lisboa através de autocarros, que se previa um enorme desafio, "foi uma agradável surpresa", aponta ainda Magina da Silva, sem "impacto na vida e no trânsito da cidade".
Também no Serviço Nacional de Saúde não se registou um grande constrangimento. Foram assistidas 4312 pessoas, das quais 3,5% foram encaminhadas para os hospitais, a maior parte por requererem uma resposta especializada que não era possível ter no terreno, revelou o diretor do INEM, Luís Meira. Apenas "cinco ou seis casos motivaram maior preocupação".