Mariana Vieira da Silva sublinha que o Executivo "na altura tomou a decisão com base num relatório da Inspeção-Geral das Finanças", que considerou que "era suficientemente sólido".
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A ministra da Presidência afirmou esta quinta-feira que o Governo está "muito confortável" com o despedimento da ex-presidente executiva da TAP, Christine Ourmières Widener, defendendo que o relatório que sustentou a decisão era "inequívoco".
A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, falava esta quinta-feira no briefing após o Conselho de Ministros, quando foi questionada sobre a entrada do processo em tribunal pela antiga CEO da TAP, que exige 5,9 milhões de euros.
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"O Governo tomou uma decisão com base num relatório que é absolutamente inequívoco e por isso estamos muito confortáveis com a decisão tomada", disse.
Em causa está a exoneração por justa causa de Christine Ourmières-Widener e do presidente do conselho de administração (chairman), Manuel Beja, anunciada a 6 de março em conferência de imprensa pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, após uma investigação da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre a indemnização de 500 mil euros paga pela TAP a Alexandra Reis.
A governante sublinhou que o Executivo "na altura tomou a decisão com base num relatório da Inspeção-Geral das Finanças", que considerou que "era suficientemente sólido".
"Quanto ao tema de decisões tomadas fora do enquadramento que deveriam ter sido tomadas, mantém naturalmente a sua decisão. Quanto ao resto, todos temos o direito de nos defender e decidirmos todos os processos que queiramos decidir", disse.
Esta quarta-feira deu entrada no Juízo Central Cível de Lisboa uma ação da antiga presidente executiva, que pede uma indemnização de quase seis milhões de euros.
Contactada pela Lusa, a advogada da antiga presidente executiva, Inês Arruda, reiterou a informação disponibilizada no Citius, evitando, por agora, fazer mais comentários: "Confirmo que foi dada entrada a ação contra a TAP e que o valor da ação é esse [5,9 milhões de euros]".
A Lusa pediu um comentário à TAP e aos Ministérios das Infraestruturas e das Finanças. O ministério das Finanças, liderado por Fernando Medina, já respondeu que não vai comentar e aguarda resposta da companhia aérea.