Governo pondera apoios para readmissão de temporários na Autoeuropa. Já foram despedidos 425

No dia 19 de setembro está agendada uma nova reunião
Pedro Saraiva (arquivo)
A seleção será feita através do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e da Segurança Social, que vão "identificar algumas situações em que as empresas possam ter algum apoio", avança Daniel Bernardino, em declarações à TSF.
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O Governo está a ponderar apoios para as empresas no parque industrial da Autoeuropa que mantenham os trabalhadores temporários em funções ou aquelas que os readmitam, revelou esta terça-feira o coordenador das Comissões de Trabalhadores (CT).
"Poderá haver alguma oportunidade de reverter alguns casos de despedimentos, que já tenham existido, e o Governo, através do IEFP e através da Segurança Social, com equipas de terreno que fazem parte de equipas de trabalho do gabinete da senhora ministra - e até em articulação com a própria Coordenadora das CT - vai identificar algumas situações em que os trabalhadores possam ter algum apoio e as empresas também para manter os trabalhadores", explica o coordenador das CT do parque industrial da Autoeuropa, Daniel Bernardino, em declarações à TSF.
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Duas empresas confirmaram esta terça-feira o despedimento de mais 134 trabalhadores temporários devido à paragem de produção na fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela. Daniel Bernardino sublinha que o número de trabalhadores despedidos já atingiu os 425.
O despedimento de mais 134 trabalhadores temporários ocorre no dia em que o Governo reúne com a coordenadora das CT do parque industrial da Autoeuropa.
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"Estamos a falar de 425 trabalhadores [temporários]. Estamos a falar de um número que cresceu porque a empresa Rangel decidiu rescindir com os seus 94 trabalhadores temporários já a partir do próximo dia 15 e também a empresa Novacoat - que é uma empresa também do parque industrial - com 40 trabalhadores temporários", afirma.
No dia 19 de setembro está agendada uma nova reunião entre as CT das empresas que operam no parque industrial da Autoeuropa e a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
A Autoeuropa foi forçada a uma paragem de produção de nove semanas devido às dificuldades de um fornecedor da Eslovénia, que foi fortemente afetado pelas cheias que ocorreram naquele país no passado mês de agosto.