Adalberto Campos Fernandes considera "difícil de compreender" que Graça Freitas não tenha ainda sido substituída, meio ano depois de pedir para deixar a DGS.
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O antigo ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes alerta para a instabilidade na Direção-Geral da Saúde (DGS), após a demissão do subdiretor-geral e atraso no processo de substituição da diretora-geral, e apela ao Governo que resolva o problema rapidamente.
"Vejo isto com muita preocupação", diz Adalberto Campos Fernandes em declarações à TSF. "Creio que o Ministro Manuel Pizarro tem que atalhar esta situação que estamos a viver, porque a Direção-Geral de Saúde é uma instituição centenária, com responsabilidades e com obrigações no plano de saúde pública e no plano do sistema de saúde."
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O subdiretor-geral da DGS, Rui Portugal, apresentou na quarta-feira a sua renúncia ao cargo, sem adiantar as razões, enquanto Graça Freitas está desde o final de 2022 à espera de ser substituída.
A diretora-geral da saúde revelou que não tencionava renovar a nomeação no cargo em dezembro do ano passado, mas só no início de maio o Ministério da Saúde enviou à Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) o pedido de abertura de concurso.
"O facto de ter sido anunciado no final de 2022 que a diretora-geral da saúde pretendia sair deveria ter suscitado uma rápida reação para que a sua substituição fosse célere. É difícil de compreender quase meio ano para que a CReSAP possa lançar um procedimento de substituição do diretor-geral", condena Adalberto Campos Fernandes.
Para o antigo ministro, a responsabilidade recai ainda sobre a "secretária de Estado da Promoção da Saúde, que tutela a Direção-Geral de Saúde, e que, diz, "deve ser a primeira pessoa a procurar responder esta situação".
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Esta quinta-feira, o ministro Manuel Pizarro assegurou que a DGS está em "plenas funções" e que o concurso para o novo diretor-geral da Saúde deverá abrir nos "próximos dias".
"A instituição DGS está em pleno funcionamento", garantiu, sublinhando que "a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, está plenamente em funções" e que "a Direção-Geral da Saúde está a funcionar: Não há nenhuma intranquilidade nessa matéria".