Catarina Martins defende que, apesar da quarta vaga, o país está agora numa fase de mudança, com a vacinação.
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O Bloco de Esquerda (BE) reforça que está na altura de o Governo deixar cair as restrições horárias, na restauração e no setor da cultura, e centrar as atenções na saúde pública. Catarina Martins defende que o "período de transição" da pandemia tem de ser acompanhado por novas medidas.
Na entrega da lista do partido à Câmara Municipal de Lisboa, Catarina Martins foi questionada sobre as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, que pediu um discurso de transição. A líder do bloco desafia o Governo a seguir o caminho defendido pelo Presidente da República, com "medidas pedagógicas".
"Há uma série de restrições em vigor que nesta fase não se justificam, estamos numa fase de transição e alteração. Tem pouco sentido algumas restrições horárias, numa altura em que o ar livre deve ser incentivado, sem concentrações", aponta.
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Catarina Martins lembra que o partido tem pedido um esforço na saúde pública, "para que a vacinação continue a um ritmo elevado, mas não se desproteja o rastreio de contactos e colocar as pessoas em isolamento".
Sobre o trabalho do BE na Câmara de Lisboa, Catarina Martins lembra os manuais escolares gratuitos, que se estenderam ao resto do país. E destaca a resposta social, com habitação acessível para todos, que nem sempre teve o aval do Executivo socialista.
"Nestes quatro anos insistimos com o PS que era fundamental a existência de um parque público de habitação municipal para regular os preços das casas em Lisboa. Não foi essa a escolha do PS, as 300 casas que existem foram graças ao trabalho do BE, mas as que Fernando Medina prometeu, de iniciativa privada, não apareceram", recorda.
A líder do partido entende, por isso, que "mais força para o Bloco é mais força para o direito à habitação e para regular as rendas", evitando que a autarquia fique "inativa" perante as manobras dos imobiliários.
A candidata do partido à autarquia da capital é Beatriz Gomes Dias, que além de deputada municipal em Lisboa e na Assembleia da República, pertence também à Assembleia de Freguesia de Arroios.
O Executivo de Lisboa é composto por oito eleitos pelo PS (no qual se incluem os Cidadãos por Lisboa), um do BE (que tem um acordo de governação do concelho com os socialistas), quatro do CDS-PP, dois do PSD e dois da CDU.
As eleições autárquicas decorrem a 26 de setembro.
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