IL fecha porta a acordo com Miguel Albuquerque, mas está disponível para dialogar caso a caso
Em entrevista à TSF, o candidato Nuno Morna desdramatiza: "Não vem mal nenhum ao mundo se governar sem maioria absoluta".
Corpo do artigo
Miguel Albuquerque já sabe que não conta com os votos da Iniciativa Liberal (IL) caso não consiga a maioria absoluta nas eleições regionais da Madeira, de 24 de setembro. Os liberais estão, no entanto, disponíveis para dialogar "proposta a proposta", mas passam a responsabilidade para o PSD.
A única coligação da IL "é com os madeirenses" e, logo à partida, para combater a corrupção na região e reduzir a carga de impostos. Na Madeira, há 30 por cento da população no limiar da pobreza.
Nuno Morna volta a encabeçar a lista dos liberais às eleições regionais. Em 2019, ficou longe da eleição, mas está convencido que à segunda é de vez. Em entrevista à TSF, o candidato lembra que "muito mudou" em quatro anos, não só na Madeira, mas também com a IL a nível nacional.
TSF\audio\2023\07\noticias\11\entrevista_nuno_morna
Miguel Albuquerque perdeu a maioria absoluta em 2019, coligou-se com o CDS-PP, com quem se apresenta a eleições. Nuno Morna deixa, no entanto, um conselho ao presidente do Governo regional: "Não vem mal nenhum ao mundo se governar sem maioria absoluta".
Nuno Morna lembra que "no mundo inteiro há vários países que são governados com minorias relativas", e assentam o diálogo no "consenso e na nuance". O repto é lançado a Miguel Albuquerque, desde que apresente propostas de acordo com os princípios liberais.
"Tudo o que nos apresentem, venha de onde vier, que tenha a ver com liberdades individuais, baixa de impostos, transparência ou combate à corrupção, tem todo o nosso apoio", garante.
O candidato liberal "nunca votou no PSD" de Miguel Albuquerque ou de Alberto João Jardim, mas foi militante do CDS-PP, com quem se "desiludiu e saiu em definitivo". Nuno Morna foi um dos fundadores da IL na Madeira.