IL lamenta "incapacidade" para poupar em Portugal e responde a Marcelo: "Não se resolve com esforçozinhos"
A IL aplaude a solução do Governo para que também a banca possa emitir certificados de aforro.
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Com a nova série de certificados de aforro, que entra em vigor na segunda-feira, os bancos e as lojas do cidadão também passam a emitir estes certificados, uma solução que a Iniciativa Liberal aplaude, já que a "incapacidade" em Portugal para fazer poupança é uma realidade. Mas se Marcelo Rebelo de Sousa pede um "esforçozinho" aos bancos, Rui Rocha afirma que o problema só se resolve com soluções.
No sábado, depois de a emissão de certificados de aforro ter sido suspensa, o Presidente da República pediu "um esforçozinho" aos bancos para "tornar mais atraente" a a remuneração dos depósitos, que têm taxas de juro mais baixas. Ora, para o líder dos liberais, "isto não se resolve com esforçozinhos" e rejeita entrar na discussão da esquerda "se a banca ameaçou ou não" o Governo.
"Eu diria que há de facto um problema em Portugal que é um problema da incapacidade de fazer poupança, porque o país tem níveis de poupança muito baixos. Agora, eu não creio que isso se resolva com esforçozinhos", responde.
Até à discussão do próximo Orçamento do Estado, a Iniciativa Liberal vai estudar possíveis soluções para que os portugueses possam poupar em melhores condições, e Rui Rocha promete apresentar essas ferramentas nos próximos meses.
Desde já, aplaude a solução do Governo, para que também a banca possa emitir certificados de aforro, algo que os liberais já tinham proposta no Parlamento. "Parece-nos que haver um único intermediário na colocação de certificados de aforro não era uma situação desejável. Haver mais acesso e haver a possibilidade de os portugueses terem outros intermediários parece-nos bem, porque há falta de concorrência e de competitividade", acrescenta.
Rui Rocha pressiona Mendonça Mendes: "Que indicações deu a Galamba?"
A Iniciativa Liberal reúne, este domingo, a comissão executiva para debater a situação política nacional, antes de uma semana que se prevê agitada em São Bento, já que Pedro Nuno Santos e António Mendonça Mendes são ouvidos no Parlamento.
O antigo ministro presta esclarecimentos aos deputados sobre a indemnização de meio milhão de euros a Alexandra Reis, e prevê-se que o atual secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro explique os contornos do telefone com João Galamba, na noite de 26 de abril, que antecedeu a atuação dos serviços secretos na recuperação do computador de Frederico Pinheiro.
Quanto à audição de António Mendonça Mendes, Rui Rocha "deseja" que o Governante responda às questões que continuam sem resposta, desde logo, se aconselhou João Galamba a contactar os serviços secretos.
"O que eu desejo é que, finalmente, António Mendonça Mendes venha esclarecer o país sobre se existiu ou não a tal conversa que João Galamba diz que existiu. Qual foi o teor dessa conversa e que indicações deu a João Galamba? E já agora, quando é que Mendonça Mendes disse ao primeiro-ministro que essa conversa existiu?", questiona.
Rui Rocha entende que, "alguém que faz parte do gabinete do primeiro-ministro", tem de comunicar ao chefe de Governo o teor da conversa: "Seria muito surpreendente se não tivesse comunicado ao primeiro-ministro".