Inundações, quedas de estruturas e árvores: Proteção Civil regista 198 ocorrências este sábado

Carlos Barroso/Lusa
Em declarações à TSF, o oficial de serviço da Proteção Civil José Miranda adianta que as regiões mais afetadas foram a Área Metropolitana do Porto e Aveiro
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A Proteção Civil registou, entre as 0h00 e as 08h00 deste sábado, 198 ocorrências em Portugal devido à intempérie provocada pela passagem da depressão Cláudia.
A informação foi adiantada à TSF por José Miranda, oficial de serviço da Proteção Civil, que acrescenta que, das 198 ocorrências, 159 dizem respeito a inundações, 17 limpezas de via, oito a quedas de estrutura, sete movimentos de massa e cinco quedas de árvore.
A região mais afetada foi a Área Metropolitana do Porto - que registou 97 ocorrências, seguida pela região de Aveiro - com 50.
No terreno estiveram 159 veículos e 411 operacionais.
Apesar do número significativo de ocorrências, não há "registo de vítimas nem qualquer dano em edificado ou outro tipo de estruturas".
Entre as 09h00 e as 15h00 deste sábado, os distritos de Beja, Setúbal, Faro e Braga estão sob aviso laranja devido à precipitação forte. Já Viana do Castelo, Porto, Viseu, Aveiro, Coimbra, Portalegre, Santarém e Lisboa sob aviso amarelo, também devido à chuva, até amanhã às 15h00.
Toda a costa ocidental e sul do país se encontra também sob aviso amarelo, devido à agitação marítima.
O aviso laranja é emitido pelo IPMA sempre que existe "situação meteorológica de risco moderado a elevado, e o amarelo, quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
Em comunicado, a ANEPC destacou que o impacto dos efeitos do mau tempo pode ser minimizado através de comportamentos preventivos adequados, em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, com a adoção de medidas como a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais.
A Proteção Civil recomenda ainda aos cidadãos que tenham especial cuidado na circulação e permanência em áreas arborizadas, que adotem precauções na circulação junto à orla costeira e zonas ribeirinhas e que evitem atividades relacionadas com o mar, como pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, bem como o estacionamento de veículos junto à orla marítima.
Outras das medidas preventivas passam por uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e prestando especial atenção à eventual formação de lençóis de água nas vias rodoviárias; não atravessar zonas inundadas, prevenindo o risco de arrastamento de pessoas ou veículos para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas; e retirar de zonas normalmente inundáveis animais, equipamentos, veículos e outros bens para locais seguros.
A depressão Cláudia afeta desde quarta-feira Portugal continental e o arquipélago da Madeira com chuva, vento e agitação marítima fortes, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
