
Alberto João Jardim
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O presidente do Governo Regional da Madeira disse que os sacrifícios pedidos ao país destinam-se a todos os portugueses, pelo que se recusará a assinar «papel» algum se assim não for.
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«É escusado eles virem dar ordens porque a questão é muito simples: os sacrifícios são iguais para todos os portugueses, os portugueses vão suportar por igual os sacrifícios e os madeirenses não são diferentes dos outros», referiu na inauguração da nova rede viária do Campo de Golfe da Ponta do Pargo, no concelho da Calheta.
«Se alguém vier com conversas que temos que pagar as nossas dívidas e a dívida dos outros desde já digo que não pago porque não assino papel nenhum em nome do povo madeirense», sublinhou, numa alusão à ajuda financeira à região devido à sua dívida publica estimada em 5.800 milhões de euros.
«Isto que fique bem clarinho sejam quais forem as consequências para o futuro da República portuguesa», alertou.
O primeiro-ministro anunciou, esta quarta-feira, que o relatório de avaliação orçamental e financeira sobre a Madeira será apresentado a 30 de Setembro, que o plano de ajustamento financeiro será negociado com o Governo Regional que sair das eleições de 9 de Outubro, acrescentando que será «prioritariamente» a região autónoma a fazer «o esforço de correcção» orçamental e financeiro e não o país na sua globalidade.