O líder do PCP mostra-se muito preocupado com o anunciado fecho da maternidade Alfredo da Costa (MAC), suspeitando que por trás da decisão do Governo possam estar interesses imobiliários.
Corpo do artigo
O futuro dirá, desconfia Jerónimo de Sousa, se são os interesses imobiliários que ditam o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa.
Para o secretário-geral do PCP este é apenas o último exemplo de uma política de cortes cegos na Saúde, mas neste caso com uma maior carga simbólica.
«Não é porque a minha filha tenha nascido na Maternidade Alfredo da Costa, no fundo querem acabar com o sítio onde milhares de portugueses nasceram. Tem uma carga simbólica e quero lembrar que o Estado investiu milhões de euros na melhoria das instalações [da maternidade], qual é a razão agora para pretenderem encerra-la? Ou são antes os interesses obscuros que podem levar a ter apetência por aquele espaço imobiliário?» questionou Jerónimo de Sousa.
«A vida dirá se temos ou não razão. Mas há uma coisa que sabemos: nada justifica o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa», afirmou o líder comunista.
O ministro da Saúde garantiu, esta segunda-feira, que a reforma hospitalar «não é sinónimo de fechos», embora tenha adiantado que o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa acontecerá «de certeza» nesta legislatura.