O secretário-geral do PCP quer implementar uma taxa de 0,1 por cento sobre os lucros obtidos em operações nos mercados financeiros.
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Esta medida, segundo Jerónimo de Sousa, «poderia gerar mais 130 a 140 milhões de euros de receitas, ao mesmo tempo que se dava um contributo para desincentivar a especulação e reduzir a volatilidade dos mercados financeiros»
No entanto, o secretário-geral do PCP considerou que o aumento da receita não significaria um aumento da taxa nominal dos vários impostos em Portugal.
As declarações de Jerónimo de Sousa foram feitas à margem da conferência "A Europa e a Politíca Fiscal", da TSF, DN e Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC).
Já depois da conferência, o secretário-geral comunista considerou que a fixação da taxa de juro do empréstimo a Portugal em cerca de 5,5 por cento confirma as preocupações do partido, sublinhando que mais 30 dos 78 mil milhões serão para pagar juros.
«Isto só vem confirmar as nossa preocupações, feitas as contas assim muito rudimentares isto significa que dos 78 mil milhões que nos 'emprestam' mais de 30 mil milhões são para pagar juros», afirmou Jerónimo de Sousa.