MAI diz não ter "qualquer outro facto" que possa transmitir sobre o caso Galamba
José Luís Carneiro reconhece a "obrigação" de ir à comissão parlamentar de inquérito se for chamado, mas não tem novidades.
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O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, garante que, se for chamado à comissão de inquérito parlamentar à tutela política da TAP, o que lá dirá é o mesmo que já disse aos jornalistas esta sexta-feira, por não ter "qualquer outro facto" a transmitir.
Garantindo estar "mais do que" disponível, por ter a "obrigação" de ir à CPI se for chamado, o ministro sublinhou a sua versão do que aconteceu na noite de 26 de abril: "Fui contactado pelo senhor ministro das infraestruturas, promovi o contacto com a Polícia de Segurança Pública e o que decorreu daí está nos autos."
Por estarem sob segredo de Justiça, assinala José Luís Carneiro, cabe agora ao Ministério Público "na altura oportuna, quando entender, libertar essa reserva que está sobre factos".
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Questionado pela TSF sobre se a PSP já elaborou, então, os autos daquela noite para enviar ao MP, o ministro respondeu apenas que "o que tinha a dizer está dito".
Esta manhã, o ministro confirmou que recebeu um telefonema do ministro das Infraestruturas em 26 de abril, tendo depois colocado João Galamba em contacto com o diretor nacional da PSP.
"O que tenho a dizer é muito simples. Naquele dia referenciado pelo ministro das Infraestruturas, ele contactou-me de facto e eu fundamentalmente o que fiz foi procurar colocá-lo em contacto com o diretor nacional da PSP. O que foi feito a partir daí está nos autos e está no Ministério Público", disse aos jornalistas José Luís Carneiro, após ter presidido, em Setúbal, a uma ação promovida pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI).
Na quinta-feira, na audição na comissão de inquérito à TAP, João Galamba revelou que no dia 26 de abril ligou ao ministro da Administração Interna e pediu para falar "com muita urgência com a PSP" sobre as "agressões e roubo de um computador" no Ministério das Infraestruturas que lhe foram relatadas.
O caso está relacionado com a exoneração de Frederico Pinheiro, nessa mesma noite, e envolvem denúncias contra o ex-adjunto por violência física no Ministério das Infraestruturas e alegado furto de um computador portátil, caso que está a ser investigado pelo Ministério Público.