"Mais colocados." Ministro garante que 95% dos horários já têm professor atribuído
João Costa disse também que, entre os colocados, há menos professores em situação precária.
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O ministro da Educação, João Costa, garantiu esta quarta-feira que há mais professores colocados este ano. No dia em que são publicadas as listas de colocação de docentes, João Costa adianta que 95% dos horários já têm professor atribuído.
"Foram pedidos 13 487 horários. Destes, 12 814 estão já preenchidos. Face ao ano letivo passado há um pedido de mais 386 horários do que no ano passado e temos também mais professores colocados este ano do que no ano passado", revelou João Costa.
Em conferência de imprensa, João Costa disse também que, entre os colocados, há menos professores em situação precária.
"Ao contrário dos últimos anos, há uma distribuição nova do que são os professores colocados nesta fase. No ano letivo passado, 56% dos professores contratados nesta fase eram professores contratados numa situação precária. Este ano, 64% dos professores colocados são professores do quadro", explicou o ministro da Educação.
Há já duas reservas de recrutamento a decorrer com 20 800 professores para colocar e as escolas podem começar desde já a contratar os professores que lhes faltam.
"Fizemos também uma redução de 30 para 12 dias do tempo necessário para o pedido de substituição, fizemos completamento de horários sempre que não havia candidatos disponíveis para horários incompletos e sempre que após uma reserva se verificava a ausência desse horário. Fizemos essa majoração de horários em todo o país e fizemos também a revisão das habilitações próprias para a docência", afirmou.
O ministro adianta que as áreas em que faltam mais docentes são a informática, físico-química, geografia, biologia e geologia e que os horários por preencher se concentram sobretudo no sul do país. No entanto, João Costa garantiu que está já a trabalhar com as instituições de ensino superior para combater esta realidade.
"O trabalho que está a ser preparado é um trabalho de incentivo às instituições de ensino superior do sul do país, a zona de Lisboa, Alentejo e Algarve, para a aumentarmos e acelerarmos o número de formandos. Até ao contrário do que se diz quando se tenta passar a imagem de que ninguém quer ser professor, temos um reporte das instituições de ensino superior de que o número de candidatos aos mestrados em ensino está a aumentar muito significativamente e agora é preciso também haver a capacidade formativa para que os candidatos que já estão a ficar de fora do acesso a estes mestrados possam também a engrossar as fileiras dos professores profissionalizados de que vamos precisar muito nos próximos anos", acrescentou João Costa.
Questionado sobre as ameaças de greves dos professores após meses de negociações com o Ministério da Educação, o governante pede que, neste ano letivo, se ponha os alunos em primeiro lugar.