Presidente da República afirmou que é preciso "encontrar soluções".
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A saída do Porto da Associação Nacional de Municípios foi aprovada no início desta semana em Assembleia Municipal. Agora, para Marcelo Rebelo de Sousa, é preciso "encontrar soluções" e essas soluções "passam pelo diálogo".
"Faço um apelo ao Governo e ao poder local. É uma coisa tão evidente que até dói não se perceber que é evidente. Percebo perfeitamente as razões várias que estão em causa. Há limites, neste contexto, quanto àquilo que se pode transferir. A altura é boa porque estamos a chegar ao verão, altura fulminante para preparar o Orçamento para o ano que vem. Isto só é drama se se dramatizar, senão não é drama, é uma questão que se pode resolver", explicou Marcelo à margem da conferência "Mar, Porta Para o Futuro", que assinala o 134º aniversário do Jornal de Notícias.
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Já sobre a possibilidade de o Presidente da República passar a poder intervir na escolha de juízes para o Tribunal Constitucional, Marcelo recordou que o chefe de Estado não tem intervenção na revisão da Constituição e que isso implicava revê-la.
"Não é uma matéria de vida ou de morte, é o funcionamento das instituições. Nuns casos concorda-se com os nomes das pessoas, noutros não se concorda", defendeu o Presidente da República.
Questionado também sobre um possível aumento da criminalidade em Portugal, Marcelo lembrou que os números do relatório de segurança mostraram que, com a pandemia, não houve um alargamento generalizado da insegurança.
"Há que estudar e depois tirar as conclusões", rematou.